domingo, 23 de maio de 2010

FIFA * COPA DO MUNDO * ÁFRICA DO SUL 2010


A Copa do Mundo 2010, na África do Sul, vai começar dento de dezoito dias com o jogo de abertura “África do Sul versus México”, uma partida importante para a classificação do grupo “A”. O blogdoguima vai apresentar, neste post, prognósticos sobre resultados da Copa para ensejar a seguidores e visitantes a oportunidade de avaliação e posterior “cobrança” dos palpites do Guima, sem escores, por favor, que não sou adivinho.
A previsão obedecerá ao esquema que segue: [1] classificados para as oitavas de final; [2] vencedores das oitavas; [3] vencedores das quartas; [4] classificados para a semifinal; [5] resultados da final com nomeação do campeão, vice, 3º e 4º lugares.
DEZESSEIS SELEÇÕES CLASSIFICADAS POR CHAVE
         A.1 ÁFRICA DO SUL
       A.2 FRANÇA 
MÉXICO e URUGUAI eliminadas
                                                                                                      
B.1 ARGENTINA
B.2 NIGÉRIA
GRÉCIA e COREIA DO SUL eliminadas

    C.1 INGLATERRA
     C.2 EUA
ESLOVÊNIA e ARGÉLIA eliminadas 

D.1 ALEMANHA
D.2 GANA
SÉRVIA e AUSTRÁLIA eliminadas

E.1 HOLANDA
E.2 CAMARÕES
DINAMARCA e JAPÃO eliminadas

F.1 ITÁLIA
F.2 PARAGUAI
ESLOVÁQUIA e NOVA ZELÂNDIA eliminadas

G.1 BRASIL
G.2 PORTUGAL
COSTA DO MARFIM e COREIA DO NORTE eliminadas

H.1 ESPANHA
H.2 CHILE
HONDURAS e SUIÇA eliminadas 


VENCEDORES DO MATAMATA
                                                     
OITAVAS DE FINAL
jogo 49 NIGÉRIA
jogo 50 INGLATERA
jogo 51 ALEMANHA
jogo 52 ARGENTINA
jogo 53 HOLANDA
jogo 54 BRASIL
jogo 55 ITÁLIA
jogo 56 ESPANHA

QUARTAS DE FINAL
jogo 57 BRASIL
jogo 58 INGLATERRA
jogo 59 ALEMANHA
jogo 60 ITÁLIA

SEMIFINAIS 
jogo 61 BRASIL******HEXA CAMPEÃO
jogo 61 ALEMANHA ou ARGENTINA.....VICE
jogo 62 ITÁLIA ou INGLATERRA.....3º LUGAR
jogo 62 INGLATERRA ou ESPANHA.....4º LUGAR


De lambujem, a SELEÇÃO blogdoguima
1 júlio césar
2 maicon 3 lúcio 4 juan 6 michel bastos
5 felipe melo 8 gilberto silva 7 daniel alves 10 kaká
9 luís Fabiano 11 robinho
alteração previsível: 7 ramires

 Gostaram? Aguardo muitos comentários... 
Até depois da Copa.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

O MASSACRE DOS JUDEUS

Eis mais uma narrativa educativa de Malba Tahan. De saída vou dizendo que não conheço solução matemática. Por um raciocínio intuitivo, que depois comprovei de forma empírica, cheguei a uma solução, que é a solução. Interessante é que venho me esforçando para descobrir qual a intuição de que me vali, sem resultado, salvo uma leve probabilidade de acerto ainda em dúvida. Vamos ao novo episódio.

Conta Malba Tahan que Josefo, governador da Galileia e também historiador, vencido pelo romano Vespasiano depois de heróica resistência, refugiara-se em uma caverna com mais quarenta patriotas. Sitiados pelas forças romanas, optaram todos por antes matar-se que se entregarem.

Discutiram, até a exaustão, o procedimento para executar a decisão tomada, e escolheram fazer uma roda e iniciar uma contagem 1-2-3, 1-2-3, ..., sucessiva e contínua, em que o terceiro homem seria morto. Sorteado o número 1, fizeram um círculo, de 1 a 41, e a contagem começou.

A questão é: Em que lugar Josefo deveria se posicionar para escapar a esta horrenda matança?

O blog do guima, desta vez, não fará desafio algum. Ao reverso, apela aos privilegiados conhecedores de matemática para que encontrem a solução e a exponham. Após o que, apresentará a solução intuitiva a que chegara.

OS CAMELOS DO HOMEM QUE CALCULAVA


 Ao comentar o post ‘‘O HOMEM QUE CALCULAVA’’, a expert Silvana Santana, minha querida nora, aventou a seguinte questão, a título de exemplo: ‘‘Será que o homem que calculava responderia desta mesma forma se o pai tivesse deixado 37 camelos ao invés de 35?’’ E prosseguia ‘‘Acho que Malba Tahan iria se revirar no túmulo!!!!rsrsrsrs’’. O comentário que fiz no blog foi: ‘‘No caso de 37 camelos, a solução seria mais complicada, mas existiria. Vou deixar que Malba Tahan se vire e revire no túmulo em busca da mesma’’. Ocorre que quem ficou a se virar e revirar na cama, fui eu. E achei uma solução, não tão poética mas, de qualquer sorte, engenhosa. Antes de expô-la, confesso um pequeno lapso na resposta a Sil: “No caso de 37 camelos, a solução seria diferente, não mais complicada, mas existiria”. Vamos a ela.
Caso a cáfila fosse de 37 camelos, a partilha se mostraria na aparência impossível, uma vez que as frações não foram alteradas e a soma permanecia inferior à unidade. O primogênito faria jus a 18 1/2 camelos, o do meio a 12 1/3 e ao caçula caberia 4 1/9. Desta vez o Homem que Calculava não necessitaria de adicionar mais um camelo. Ao contrário, ele perguntaria ao primogênito se este lhe pagaria um camelo, da sua parte, pelo trabalho de fazer uma partilha satisfatória. Dada a concordância do primogênito, o Homem que Calculava começaria por retirar um camelo do lote a guisa de pagamento. Em seguida separaria os camelos em três lotes, um com 18 camelos, outro com 12 e o terceiro com 4, ocorrendo uma sobra de 2 camelos. Então entregaria 18 camelos ao primeiro lembrando-o de que o camelo separado integrava sua parte, que somava assim 19 camelos; ao filho do meio, daria 12 camelos e mais 1 da sobra, perfazendo 13 animais; restando para o caçula o último lote com 4 camelos e mais 1 da sobra, no total de 5. A partilha fora feita dentro do estabelecido pelo falecido pai e era satisfatória para todos, inclusive para o primogênito que arcara com o preço, justo, do Homem que Calculava.
Não sei se Malba Tahan, em seu túmulo, acataria a solução deste aprendiz de matemática. Mas não poderia alegar falta de engenhosidade. Com um detalhe, o primogênito cede um de seus camelos ao Homem que Calculava em pagamento e gratidão pela feliz partilha da herança do venerado e já saudoso pai.             
“Para esperto, esperto e meio...”

quarta-feira, 5 de maio de 2010

SOCIALISMO E COMUNISMO FANTASIOSOS NA HISTÓRIA


O aprendiz de história da humanidade, com um misto de inquietação e repulsa, se depara a cada momento com a pertinácia com que pessoas da estatura mental e espiritual de um Frei Betto, por exemplo, discorrem sobre a existência de socialismo e comunismo na atualidade dos últimos cem anos, utilizando-se de eufemismos, metáforas e circunlóquios como “socialismo real”, “socialismo burocrático” e quejandos.
Inquietação, pela perpetuação de uma inverdade, e repulsa, pelo desserviço ao não aprimoramento do conhecimento da história humana e da tomada de consciência libertária pelos oprimidos. Porque não há incorreção em se afirmar que o socialismo, como sistema de organização econômica, política, social e cultural dos povos e nações, não ocorreu em lugar algum do mundo. E muito menos ainda o comunismo.
Este, por sinal, fez uma aparição única, efêmera, nos primórdios da era cristã, como se lê em “A vida dos primeiros cristãos”, Atos dos Apóstolos, cap.2, 42 - 47: “Eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à união fraterna, à fração do pão, e às orações. Perante os inumeráveis prodígios e milagres realizados pelos Apóstolos, o temor dominava todos os espíritos. Todos os crentes viviam unidos e possuíam tudo em comum. Vendiam terras e outros bens e distribuíam o dinheiro por todos, de acordo com as necessidades de cada um. (grifo meu) Como se tivessem uma só alma, frequentavam diariamente o Templo. Partiam o pão em suas casas e tomavam o alimento com alegria e simplicidade de coração, louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor aumentava, todos os dias, o número dos que tinham entrado no caminho da salvação”. Foi batizado de “comunismo primitivo” pelos seguidores do socialismo científico do séc. XIX. 

Fato inconteste, a utopia do comunismo representa a última etapa de um processo histórico revolucionário, cujo início se dá com a tomada do poder pelos oprimidos. Na sequência, ocorre a instauração da “ditadura do proletariado”, infeliz e perigosa denominação dada por Lenin à etapa em que se busca consolidar o novo estado, a caminho da segunda etapa, o socialismo, com o lema “de cada um, de acordo com sua capacidade, e a cada um, de acordo com sua necessidade”. Ao fim e ao cabo, surge a terceira etapa, a etapa final, o comunismo. Etapa em que se dará a abolição do estado e os povos e nações constituirão uma comunidade livre, justa e solidária. Uma comunidade humana. A pessoa alguma pode ocorrer que o período de maturação das duas primeiras etapas do processo seja curto. A depender das circunstâncias, e do “andar da carruagem”, cada uma delas demandará longos anos de reeducação e de tomada de consciência dos novos paradigmas, das novas formas de relacionamento interpessoal e intrassocial. Não se assemelhará em nada à criação do “comunismo primitivo” dos primeiros cristãos, que se deu em processo religioso onde a fé era elemento essencial de aglutinação e sustentação. Uma questão essencial então se impõe. De onde, quando e como surgiu o ideal socialista? A origem dos ideais libertários que informam e conformam o socialismo, e o comunismo, por via de conseqüência, se perde nas brumas remotas do desenvolvimento da humanidade. É bem plausível presumir que ocorreu no momento em que o oprimido, o escravo, ou grupo de escravos, tomou consciência da situação de injustiça que sua condição representava. É o caso da revolta dos escravos, liderada por Spartacus, contra o império romano [120 a.C. - 70 a.C.]. Há cerca de 2.100 anos passados. Foi chamada de “Terceira Guerra Servil”, “Guerra dos Escravos” ou “Guerra dos Gladiadores”, porque Spartacus era um gladiador, nascido na Trácia, líder de um exército rebelde de quase 100 mil ex-escravos.
A origem do socialismo moderno, no entanto, data de fins do séc. XVIII, provocada pela reação da classe intelectual e movimentos políticos da classe trabalhadora contra os efeitos danosos da “industrialização” e da formação de uma sociedade de proprietários privados, os futuros capitalistas. Alguns apontam a Revolução Francesa [1789-1799] como ponto de partida do socialismo moderno. Na metade do séc. XIX, Marx [1818-1883], o maior teórico do socialismo até hoje, pregou que este mais não era do que a fase de transição do capitalismo para o comunismo. O que de fato hoje importa saber, porém, é que nem mesmo a revolução russa de Lenin [1917], e as que se lhe seguiram, a de Mao Tsé-Tung na China [1949] e a de Fidel Castro em Cuba [1959], chegaram a ultrapassar a primeira etapa do processo de transição, a etapa que Lenin em sua ingenuidade chamou de ditadura do proletariado. Uma coisa é afirmar que as revoluções citadas se inspiraram na utopia socialista-comunista, o que é correto. Outra, bem diferente, dizer que a Rússia, a China e Cuba, foram, são, paises socialistas e ou comunistas. O que é uma grossa e deslavada inverdade. O resto é balela, pregada e difundida pelos defensores do capitalismo, para melhor confundir a mente das pessoas. E se não houve socialismo, é evidente, também não houve comunismo.              
Em uma próxima postagem, buscarei esclarecer o porquê de “ditadura do proletariado” e também razões e motivos porque esta etapa é, por definição, um período turbulento, com derramamento de sangue, perda de vidas e restrição da liberdade política.
“O Socialismo é a tentativa de a humanidade superar e sobrepujar a fase predatória da evolução humana”.
Albert Einstein