sábado, 24 de dezembro de 2011

FELIZ NATAL! De Alzira e Guima.

Ave! Rebentos, Brotos, Manos, Amigos da galera. Aleluia! O mais festejado dia da Cristandade se aproxima a passos largos. Nestes dias conturbados e loucos pela ação ruinosa do capitalismo, é bom reafirmar o que se festeja e celebra.
Na origem, o Natal evoca uma cena singela. Na manjedoura de uma estrebaria, em Belém, uma criança recemnascida dorme sobre as palhas, envolta nos trapos em que a mãe a agasalhou. No entorno, a circundar os pais em muda admiração, um burrinho, boi, vaca, bezerrinhos e outros animais que haviam procurado abrigo com o cair da noite. Mais tarde, conta a história, a eles se agregam três Reis Magos, que vieram do Oriente para homenagear o menino, trazendo ricos presentes: ouro, incenso e mirra.
Que este cenário, simples e ingênuo, penetre fundo até o âmago de nossos corações nesta noite em que celebramos o nascimento do Homem de Nazaré, de nome Jesus, depois chamado o Cristo. Elevemos aos ares nossas vozes e cantemos, com emoção e enlevo:
“Hosanas nas alturas! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosanas nas alturas!” 
São os sinceros votos de Alzira e Sérgio para todos, extensivos aos entes queridos. E ainda desejamos que haja “Paz na terra aos homens de boa vontade!” e que os anjos digam Amém!
2011! Boas Festas! Feliz Natal! Um Novo Ano pleno de saúde, grávido de alegrias, e imerso em amor. 2012! 

domingo, 4 de dezembro de 2011

COMPARAÇÃO ESCLARECEDORA: MUNDO CAPITALISTA E OUTRO MUNDO POSSÍVEL.

Guimarães S V*
 
Na primeira edição de “O Caminho - Partilhando Vida”, Dezembro de 2008, frei Rutiwalter, falou com muita propriedade, em “Os Dez Mandamentos da Atualidade”, sobre a decadência da civilização ocidental cristã, da pouca importância que hoje se dá aos Dez Mandamentos da tábua de Moisés, da apatia da opinião pública em relação às transgressões da Lei de Deus, enfim dos graves problemas que hoje afligem a humanidade. Mas não apontou as origens do agravamento de todas estas mazelas. Faltou por o dedo na ferida: dizer que o capitalismo, de modo subreptício e subliminar, contaminou a mente, a alma e o coração das pessoas, pela instituição do consumismo, com o uso da ferramenta específica da propaganda, do marketing, fazendo tábua rasa dos valores que dignificam o ser humano, a começar pelo banimento do amor, da justiça e da paz. Aliás, é bom se atentar para o apropriado tema “Fraternidade e Segurança Pública” da Campanha da Fraternidade para 2009 e seu importantíssimo lema “A PAZ É FRUTO DA JUSTIÇA”. O texto abaixo torna claro, patente, a responsabilidade direta do capitalismo pela escalada da violência e pelo abjeto estado atual de sobrevivência da humanidade. 

Comparação esclarecedora: mundo capitalista e outro mundo possível.

O capitalismo é, na origem, um sistema de organização econômica surgido da utopia de Adam Smith, “um filósofo moral que criou a economia e pôs fim à moralidade”, que se transformou em um sistema de organização política, econômica, social e cultural, cruel, desumano, perverso. 

São primados deste sistema:
[1] o lucro, a qualquer preço;
[2] a competição, exacerbada e predatória;
[3] o indivíduo, ególatra e estéril. 

Com estes fundamentos, as conseqüências diretas da aplicação do sistema são: falta de amor, em primeiro lugar; injustiça e guerra; fome e desnutrição, miséria e pobreza, doença e falta de higidez, ignorância e  desinformação; violência e medo; dominação, corrupção e subserviência;  marginalização e exclusão; consumismo e predomínio do ter sobre o ser. Enfim, carência total dos valores que dignificam o ser humano.

O outro mundo possível, e desejável, deverá ser regido por um sistema de organização política, econômica, social e cultural, humano, justo, benfazejo.

Serão primados deste sistema:
[1] a dignidade da pessoa humana, acima de tudo;
[2] a cooperação, fraterna e produtiva; 
[3] a comunidade, solidária e fecunda.

Os frutos deste sistema, com origem em seus fundamentos, serão:  abundância de amor, em primeiro lugar; justiça e paz; inclusão de todos e  prosperidade universal; liberdade e fraternidade; igualdade e solidariedade;  compaixão e generosidade; autenticidade e coerência; integridade e honestidade; predomínio do ser sobre o ter; e todos os demais valores que são inerentes ao ser humano e o dignificam.

Perguntaschave

No mundo capitalista, são três:
[1] quanto vale a própria mãe?
[2] como vender mais para ganhar mais?
[3] que fazer para ter ainda mais?

No outro mundo possível, a pergunta é única, uma só:
[1] você respeita a vida, o outro, diferente e igual, a diversidade?

As perguntaschave são vitais para se fazer uma escolha. Que escolha é possível? Quem escolhe o que? A consciência de cada um que faça a escolha.

Uma palavra final: o capitalismo é intrinsecamente mau. É mau em si mesmo. Porque nele não lugar para o Amor. Nem para a Justiça e nem para a Paz. Pois a Paz é obra da Justiça e fruto do Amor. Sem Justiça não há Paz. Sem Amor não há Justiça. Nem Paz.



*Guimarães, Sérgio Vladimiro, é membro do Instituto de Formação Cidadã Dom Helder Câmara - IDHEC, Jaguaquara - BA.

 
Explicação necessária: Este texto foi escrito em Janeiro de 2009 para ser publicado no jornalzinho “O Caminho - Partilhando Vida”, da paróquia de Jaguaquara BA, o que não ocorreu.