terça-feira, 13 de julho de 2010

MÍDIA. POLÍTICA. ELEIÇÕES.


No capitalismo, sistema que subjuga o mundo ocidental e parcela majoritária da humanidade, a mídia, conjunto dos meios de comunicação de massa, e a política, somatório dos recursos e medidas para governar a nação e o país, mantêm um relacionamento muito estreito, de caráter umbilical. Pode-se mesmo avançar e dizer que vivem um vero conúbio. Isto porque, no Brasil e, creio, algures também, a parcela mais influente da mídia, que chamo de mídia GG, grande e gorda, constituida e controlada por quatro famílias, a Folha de São Paulo, o Estadão, o Globo e a Editora Abril/Veja, representação da vanguarda dos “donos do poder”, da classe dominante, pretendem dirigir a opinião pública, e o vêm conseguindo até hoje, na direção e sentido de seus inescrupulosos e poderosos interesses privados.
A afirmativa é de comprovação recente, cerca de tres/quatro meses atrás. Em seminário convocado a peso de ouro pelo Instituto Millenium, com participação de representantes das quatro famílias, e seus mais chegados e diletos corifeus, incluso o chistoso mor Arnaldo Jabor, a presidente da ANJ, também executiva da Folha, Maria Judith Brito, falando por todos e deixando cair a máscara da imparcialidade hipócrita até agora exibida, declarou que iriam assumir, a partir de então, a postura de oposição eleitoral ao governo Lula e a sua candidata presidencial Dilma, ante a falência, por incompetência, da coligação PSDB/DEM em se constituir como tal. E de fato o fizeram. Basta ver que a mídia GG vem se esforçando, com êxito até agora, para restringir as eleições presidenciais de 2010 a apenas tres candidaturas: a de Serra, que defendem, a de Dilma, que pretendem derrotar, e a de Marina, esta última para manter o eleitorado iludido quanto à isenção “política”, na aparência, de seu comportamento midiático.
Para felicidade geral, a mídia virtual, da Internet, por suas variadas modalidades, redes, sites, blogs, twitters, outros, ainda não foi submetida ao controle dos interesses do capital, e vem se constituindo em poderoso, livre e democrático meio de comunicação e informação. Um único exemplo basta: o candidato a presidente do PSOL, Plínio Sampaio, cujo companheiro a vice-presidente é o pedagogo baiano Hamilton Assis, liderança exponencial do Movimento Negro, está utilizando, com intensidade e sucesso, as modalidades twitter e rede para difundir sua candidatura e fazer chegar ao eleitorado as ideias e diretrizes programáticas de sua campanha, de cunho não só e apenas socialista, mas anticapitalista em sua principalidade. Coisa que lhe é negada, com violência, pela mídia GG. Neste sentido, as eleições brasileiras 2010 imitam, copiam mesmo, o padrão internacional das pseudodemocracias mais poderosas do mundo: EUA, Inglaterra, França, Alemanha e Japão.
A ser publicado no jornalzinho da Escola da Cidadania Dom Helder Câmara / 4ª convocatória e no blog http://escoladecidadaniajaguaquara.blogspot.com/.


FRACASSO NA COPA!

O autor do blog está macambúzio por obra de duplo fracasso: a eliminação inexplicável do Brasil nas quartas de final frente à Holanda por 2x1 e o “furo” substancial nos palpites da fase classificatória, com o resultado negativo de paises em que apostava, a começar pela hospedeira África do Sul, mais França, Camarões, Dinamarca, Nigéria e Itália. 

Há que se apontar algumas surpresas, a principal das quais, a chegada de Gana e Paraguai às semifinais e, claro, a disputa da final por Espanha e Holanda, mais por esta que por aquela. A classificação da Coreia do Sul, Eslováquia e Japão para as oitavas de final merece ser apontada. De um modo geral, as partidas foram renhidas, disputadas com vigor e intensidade desde as classificatórias, mas, salvo algumas poucas, o índice técnico foi decepcionante, com placares magros e ausência de um grande goleador. Os espanhóis Xavi e Iniesta foram, sem discussão, os grandes jogadores da Copa e o último fez jus ao título de melhor da Copa, dado porém ao goleador uruguaio Forlán, com merecimento. Vale destacar os desempenhos das seleções do Chile e do Uruguai, esta em particular, por haver vencido nas semifinais. Do ponto de vista do blog, as melhores seleções foram Espanha, Holanda, Alemanha, Uruguai, Gana, Paraguai e... apesar dos pesares, o Brasil. Menção honrosa para Costa do Marfim, mesmo eliminada nas classificatórias, em grupo “quase da morte”. 

Há uma questão “brasileira”, que requer uma explicação a ser dada, atravessada na garganta: o porquê do comportamento da seleção brasileira nas quartas de finais, com um primeiro tempo perto de primoroso e chance de “meter 3” na Holanda, quem sabe mais, e uma volta a campo apagada, desmotivada, até mesmo covarde, para o segundo tempo. Quem souber de alguma resposta plausível que dê. Agora, é esperar por 2014 e... seja o que Deus quiser!